quinta-feira, 25 de junho de 2015

E eu senti o samba

E foi dentro de uma universidade considerada 'elitista' que eu senti o samba.

Festa Junina na FAU-USP, bem maior que esperava. bebi pouco e não comi nada. Naquele ânimo de sono, depois de trabalhar um dia todo, me vi ao lado de uma barraquinha gringa: o Shot do Gringo. Oferecia shots de uma pinga delícia, de graça, em agradecimento à USP e FAU. Fiquei pensando que gringos são diferentes de brasileiros. Como será ser um gringo? Como será ver a NOSSA cultura com o olhar deles?

Andando e pensando nisso, me vi DENTRO de uma roda de samba. E foi aí que senti alguma coisa diferente. Definitivamente diferente. Vi gente dançando e cantando com brilho nos olhos. A maioria dançando solto, entregue. Vi homens, mulheres, negros, loiros, gringos e brasileiros, compartilhando alegria. Como uma amiga disse, "samba toca no coração". É verdade. Pela primeira vez senti o samba, senti um som natural, que significava algo muito além do que as letras podiam dizer. Mais do que batuque, ritmo. Um pulsar, como se a música e as pessoas fizessem parte de algo muito maior, que crescia e transbordava.

Apesar dos pesares, dos problemas, a cultura brasileira é tão rica quanto qualquer outra. E, talvez, quando você treina o olhar pra dentro, as brasilidades fiquem ainda mais ricas.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Terceira Vez


Desta terceira vez se faz mais simples. E mais apaixonado. Como diz Mário Quintana em O Eterno Espanto: 'Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?'.

Espanto como o susto de surpresa boa, de encontrar chocolate dentro da bolsa. Acelera o coração e deixa a cabeça leve, igual viagem, onde tudo é uma descoberta.

Descobri o caminho/carinho de mãos dadas e companhia cheia.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...