terça-feira, 9 de novembro de 2010

CAUSOS DE UMA VIDA INÚTIL – PARTE 2 – AHN?! COMO?

Olá você? Tudo bem?

Esse texto vai para os baladeiros de plantão!
Vocês já conheceram na balada alguém que tinha um nome horrendo?

Pois eu já! Há alguns anos atrás, eu sempre ganhava “VIP” pra ir numa balada aqui na minha cidade. Então, por falta do que ter o que fazer, eu sempre aparecia por lá.

Na primeira vez que fui, vi uma garota lá no canto e achava ela super bonitinha (Como qualquer homem de 18 anos, bastava uma garota não ter espinhas e não ser gordinha que beleza, já era ‘pegável’!).

Nos outros dias eu sempre a via, mas como bolha* que sou (e sempre serei), eu nunca ia falar com ela.

* Bolha: homem que não tem coragem de se aproximar de uma mulher. E quando se aproxima, sempre fala algo errado...isso quando fala!

Depois de uns 3 meses vendo a tal garota todo final de semana, finalmente tomei coragem. No final da balada, quando só os gatos pingados estavam zanzando, eu estava sentado num banco vi a tal garota passar na minha frente!

Então imaginem a seguinte cena:

Eu sentado e me esticando para tocar na mão dela. Ela me olha e abre um sorriso encorajador. Eu me levanto, ainda a segurando pela mão, olhando dentro dos olhos escuros  e brilhantes dela. Chego com minha boca perto da orelha dela e berro:

- QUAL É TEU NOME?

Quem disse que ela me ouviu? Estávamos parados em baixo de uma caixa de som que estava tocando uma música ensurdecedora.
Faço gestos apontando para a caixa de som e para meu ouvido, indicando que não conseguiria escutar nada do que ela dissesse e vivce-versa. Ela abre outro sorriso contagiante e começa a me puxar pela mão para um canto mais tranqüilo da balada. E eu pensando:

“Vou me dar bem!!! De hoje não passa!!”.

Eu pensava isso porque meu apelido era CHURRASQUEIRO, ou seja, ajeitava a carne pros outros comerem. Nunca havia pegado ninguém na balada!
Quando chegamos num canto bastante tranqüilo eu voltei a repetir a pergunta:

- QUAL É TEU NOME?
- Mebéia...
- Ahn?! Como?
(certeza que eu tinha entendido errado).
- MEBÉIA. – ela repetiu.
- ahh.... você não tem apelido? -
Eu juro que não tinha a intenção de dizer isso, mas foi inevitável.

Ela fez uma cara horrível, com uma fúria que poucas vezes eu vi num ser humano.


- SEU CRETINO!!!!
Dizendo isso, virou as costas e saiu sacolejando, toda brava, de cima dos saltos de seu sapato de oncinha.

Muita gente imagina que eu, ao ouvir isso, tenha ficado triste e me sentindo culpado. Mas não! Eu fiquei feliz. Aliás, eu ri MUITO.


CONCLUSÕES:

1. Mesmo os bolhas tem chance com as mulheres. Portanto, tomem coragem meus amigos! Ataquem!!!! Não desanimem! Muitas vezes falaremos (ou faremos) algo totalmente desesperador que resultará com a fuga do "alvo". Mas qualquer hora, dá certo e a esperança é a última que morre (morre até depois dos seus amigos, que morrerão de vergonha das besteiras que você vai fazer!).

2. Nesse dia eu percebi que beijar alguém na balada era realmente algo meio inútil, que não acrescentaria nada na minha vida, que eu não precisava daquilo. Tenho certeza que ganhei muito mais rindo da merda que falei do que das lembranças de uma garota qualquer, que eu nunca mais veria. Ou seja: Veja sempre o lado bom da sua bolhice.



2 comentários:

GORETE CHAVES disse...

Bruno,

Tomara que, ao invés de seguidora, você não passe a me chamar de "perseguidora", ok? Mas é que eu REALMENTE me identifico com o seu estilo - vai ver que é empatia de mãe-e-filho, coisa e tal... Gosto muito da intensão de alegrar, fazer rir, proporcionar bem-estar(com ou sem hífen!), e desconfio que sua intensão é por aí...
Até mais e, não me feche as portas, pois sou uma mãe moderninha, ok?

Tamires Buliki disse...

Hahahahaha, essa foi muito boa, coitada da menina, ela não tem culpa pelo (péssimo) nome... :I
PORÉM, é melhor do que contar mais tarde para seus amigos que você ficou com a Mebéia...

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